segunda-feira, 27 de setembro de 2010

sobre o percurso da imagem

Qual terá sido a primeira playboy que eu comprei?

Acho que foi lá no bairro mesmo, numa banca que vendia revistas antigas. Uma tia gorda estava lá, e fez vista grossa pro fato de eu ter, sei lá, uns 14 anos. Foi a edição da Maitê Proença. Grande mulher. Mas não tinha condições de apreciar tal beleza, eu era ainda muito criança.

O máximo que eu havia chegado em matéria de nudez em papel eram os catálogos de langerie da DeMillus que minha avó vendia, e uns peitinhos que apareciam de vez em quando na extinta revista Manchete. (Sim, sou velho, um garoto da época pré-internet).

Com o tempo o nível foi melhorando. E fui sacando que a graça não tava somente em ver peitos e bundas. A idéia da playboy é pegar uma mulher que tenha algum destaque, daquelas que aparecem na tevê, que quando vc vê, pensa "puxa, como será que ela é pelada?", e então os caras fazem isso pra você. Ali está ela, sem roupas, e agora é possível dormir sossegado novamente. Os mistérios do mundo foram desnudados.

Seja a Vip e todo o seu pudor, seja a Trip e seu delicioso despojamento, a Sexy e sua pauta perfeita (melhor revista de mulher pelada do Brasil) ou mesmo a atual, careta e mega-reaça playboy comandada pelo Edson Aran, todo homem volta a ser um moleque babaca ao ver essas mulheres em papel colorido.

E agora eis que surge o 3D.

Ontem eu pude conferir o ensaio da 'dispensa-comentários' Larissa Riquelme. O 3D realmente funcionou nas imagens, dando uma boa profundidade de campo sem soar gratuito ou oportunista. Fiquei realmente surpreso.

É isso que dá ter vivido até 2010.

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