Hoje eu encarei uma sessão dupla bem interessante: Transformers 2, de Michael Bay, e Harry Potter 6, de David Yates. Dois bons filmes, que me deixaram com vontade comentar um pouco mais sobre esse tipo de filme que arrasta tanta gente ao cinema.
O cinema norte-americano do fim dos anos 70 chegou a um nível de maturidade nunca antes vista. Filmes como Todos os Homens do Presidente, Apocalipse Now, Taxi Driver, Bonnie e Clayde, O Poderoso Chefão, A Última Sessão de Cinema, Operação França, eram obras realistas e amargas, com fortes doses de crítica política e social. E a sofisticação dos filmes era proporcional à queda nas bilheterias. Pra um país recém saído de uma humilhante derrota no Vietnã, o que menos convinha eram visões críticas do mundo. As pessoas não iam mais ao cinema, preferiam ver os I Love Lucy da vida em suas tvs domésticas. É então que, em 1975, Steven Spielberg cria um novo conceito em cinema com seu suspense, Tubarão. Milhões lotam as salas pra sentir medo e se divertir com o filme de férias. Em 1977, George Lucas lança Star Wars, fazendo do blockbuster a salvação de uma arte em vias de extinção.
Décadas depois, a regra em hollywood é produzir franquias destes grandes sucessos, garantindo assim os lucros. E é incrível como gente que não tem o costume de sair de casa pra ir ao cinema acaba cedendo e indo ver o grande filme da temporada. Acho isso legal.
Enfim, Transformers 2 é legal pra caralho, o filme que sempre quis ver quando tinha 14 anos. Pena que Optimus Prime apareça tão pouco, o que fez com que o filme ficasse menor que o primeiro. E algo que me incomodou foi a constante sensação de filme feito às pressas, meio nas coxas, dada a uma quantidade incrível de erros e absurdos vistos, mais do que a média de uma produção do tipo. Já o Harry Potter é um trabalho muitíssimo mais interessante, tanto pela sempre inventiva história, quanto pelo eficiente trabalho de direção. Pena que o final seja um tanto anticlimático, mas que ao meu ver não apaga o brilho do filme.
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