terça-feira, 6 de julho de 2010

sobre os velhos, inigualáveis e inesquecíveis desenhos da minha infância

Estou na G8A e acabei de assistir ao 'Revolver' do Guy Ritchie. É sem dúvida seu filme mais espiritual. Faltam 15 minutos pras 4 da manhã, e eu tenho medo de deitar e não dormir logo de uma vez. Faz algumas semanas que o sono demora a vir, e nesses interminávis minutos em que eu afundo a cabeça no travesseiro, pensamentos ruins de puro deletério minam toda a minha força, me deixando ruim o bastante pra ter sonhos que não deveria estar tendo durante quase que a noite toda. Tenho pouco tempo livre, mas o pouco que me resta já é o bastante pra amargar um sofrimento batido e doído. Com a distância do tempo, a dor não diminuiu. O tempo só fez com que eu entendesse melhor o quadro todo. Não vejo mais a foto, mas o filme. A cada dia que passo eu vejo mais. E a cada dia é pior. Dói mais. Cada vez mais fundo e forte.

Enfim, deveria ir dormir, mas resolvi fazer este post que já queria fazer a tempos.

Quero falar sobre alguns desenhos da infância, principalmente os da cultura. Graças ao youtube, dá pra entender o pq a minha geração é formada por uma galera tão foda, enquanto essa molecada de hoje se mostra cada vez mais bundinha. Na minha época adolescente rebelde fazia moicano e enchia a cara de vinho barato no centro. Hoje os rebeldes são emos e choram em seus fotologs e twitters. É a pura decadência.

Aqueles que nasceram em algum momento dos anos 80 puderam testemunhar produções destinadas ao público infantil que tinham por principal característica a criatividade e a experimentação. Se hoje eu sou um grande admirador de quase todas as cinematografias do mundo, devo à educação feita pelos desenhos, principalmente os exibidos na cultura.

Enfim, deixa eu falar sobre alguns deles.


Aqui está a abertura do glub glub, de 1991, apresentado por dois peixinhos com faces humanas. Me lembro de ficar apavoradíssimo quando meu pai ia pescar, pois eu tinha medo que ele pescasse o glub ou a glub. Vários desenhos europeus foram exibidos aqui.


Esse é o Jimbo, o jatinho.


Aqui é o Bouli, o bonequinho de neve (mano, quase chorei quando ouvi a música de abertura depois de quase 20 anos!)


A Rua dos Pombos, onde sempre tinha uma histórinha que ensinava uma boa ação/maneira, e que tem uma música ótima de abertura.


Agora, Arrume Tudo e Pare com Isso eram incomparáveis. Me lembro de tentar decorar todos os personagens apresentados na abertura, mas nunca conseguia. E é claro que o que eu mais gostava era o grande e briguento Eu Disse Não! haushushshsh


Ernest, o vampiro, que sempre tinha uns sonhos cabulosos.


Bojan - eu viajava nas cores e no poder da tinta.


Esse era um dos meus favoritos. Stop Motion é já pirava meu cabeção - muito antes do Jack do Burton.


Mais Stop Motion, com Os Dois Heróis. A menina que aparece no início, cara, ela tava muito guardada na memória!


Daí, saindo um pouco do esquema do glub glub, tinha um desenho bancado pela unicef que era curtinho, mas muito bacana, Meena. Esse vídeo tá bem ruim, mas foi o único que eu consegui.


E quem poderia esquecer o Pedra dos Sonhos, que tinha o personagem mais legal de todos os tempos, o Biruta.


E tinha o Cobi, um desenho espanhol feito especialmente para as Olimpíadas de 1992.


E então chegamos ao programa que deu um sentido convincente ao mundo. Pra mim foi tão importante quanto a descoberta da Bíblia. Estou falando do Mundo de Beakman.


E então o melhor seriado desde sempre, Anos Incríveis. Pois é, desde cedo já me mostravam que o Kevin Arnold não pode ficar com a Winnie Cooper, e, por extensão, que o amor é uma quimera.


E então, o desenho mais bonito, mais classudo, tocante, brutal, honesto, tenso, o mais fodão entre os fodões. No fim da saga, ninguém sobrevivia. Todos os bixos que você aprendia a amar na série morriam, alguns subitamente, outros após longas agonias. A segunda parte tinha fortes ecos Shakeasperianos. Enfim, de uma qualidade absurda e inimitável.

E pra terminar, vou botar a abertura da novela mexicana mais importante da minha vida. E nem ligo que ela não é um desenho da cultura, pq afinal esse blog é meu e eu boto aqui o que eu quiser. Senhoras e senhores, a nostalgia encarnada: Carrossel.


Senhoras e senhores leitores deste infame blog, muito obrigado pela atenção de vocês. Agora faltam 10 minutos para as 5 da manhã, e, se me dão licensa, vou me deitar e tentar dormir, na esperança que meu coração não traga lembranças boas pros meus sonhos, e foda com toda a minha noite mais uma vez.

2 comentários:

-Rol disse...

Amor, dá um pulinho lá no puellae pra ver meu ultimo post. No mínimo, inspirador.
Amo você!

Pontos disse...

Completissimo! huahauha boa will