sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Woody e suas Mulheres













Caindo na Real

Sabe quando a gente percebe que é um grande merda?

Quando, ao final de um relacionamento, todos os seus amigos continuam gostando da sua ex-namorada, enquanto todas as amigas dela te acham um boçal e não querem te ver na frente nem pintado de ouro.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Possession, de Andrew Zulawski, 1981

O que é preciso pra restaurar uma relação?
Zulawski acredita que é preciso morrer e renascer.
Corpos novos e mentes novas para uma nova relação.
Grande filme.











sábado, 6 de fevereiro de 2010

outro relato



Hoje foi o melhor dia desde que cheguei em Paris. Até ontem eu confesso que estava bem preocupado coma constante sensação de cansaço. Mas hoje o dia foi crucial, e agora já posso dizer enfim que me apaixonei pela cidade. Mas antes, só para recapitular: na segunda a noite se deu a primeira atividade conjunta, que foi o jantar no restaurante Polidor, que funciona desde 1845. Pedi uma linguiça de fígado com purê de batatas, porque era o prato mais barato. Simplesmente delicioso.

Na terça fomos ao museu d´Orsay logo as 10 da manhã e ficamos até às 18h. Muitas esculturas e muitos quadros, uma exposição dum cara ótimo que eu não conhecia chamado James Ensor e uma outra de Art Nouveaux. Na quarta fomos ao Louvre, e mesmo sabendo de antemão que o lugar era enorme, paguei um pau monstruoso pro lugar. Fiquei das 10 da manhã às 9 da noite, vendo pinturas francesas do séc. XIX, pinturas italianas do renascimento e alguns holandeses do XVII. Lugar fantástico, andei até cansar.

Na quinta fomos de manhã à escola nacional de belas artes, e ali vi coisas muito interessantes. Primeiro que um lugar é um baita contraste. Parte dele está em péssimo estado de conservação, o que mostra a preferência do poder público por certo tipo de obras, enquanto uma outra parte está restaurada e é absolutamente deslumbrante. E outra coisa muito legal foi notar a importância das cópias feitas por alunos das obras dos mestres. A cópias tem um papel muito importante para a arte, bem mais do que eu imaginava.

À tarde fomos ao museu Delacroix.

Então chegou sexta feira, e fomos ao museu da vida romântica. Lugar sossegado, gostoso, dá vontade até morar. Diferente do clima dos outros dias, fez um tempo ótimo. Deu até pra usar o casaco mais leve. A turma foi dispensada para dar o rolê que cada um quisesse. Então eu, a Vívian e a Alê fomos caminhando até a igreja do Sacre Coeur. No caminho, passamos pelo Moulin Rouge, onde vi cartazes de dançarinas com os peitos de fora, e pelo café onde a Amélie Poulain trabalhava. Subimos muito, mas chegamos no que certamente é um dos pontos mais altos e bonitos de Paris. Sentamos na escadaria da igreja, e enquanto comia meu sanduíche eu via um cara fazendo uns malabarismos incríveis com umas bolas transparentes. Lembrei do Fernando.

O vento estava suave e o sol generoso. Olhando a cidade ali de cima, rolou aquela incrível energia de ternura, o que fez com que toda essa minha experiência de viajar ganhasse uma nova e apaixonante coloração.

relatos de dias atrás

Segunda/terça.
Cheguei no aeroporto Charles de Gaule umas 7 da noite. De Lisboa pra cá adiantamos 1 hora pelo fuso. Sinto como se estivesse perdendo meu tempo de vida com mais velocidade.

Sem falar nada de inglês, e só com meia dúzia de palavras sem vergonhas em francês, peguei o trem e cheguei ao décimo segundo bairro, lugar onde ficarei. Ao descer na estação, umas 8 e meia da noite, me perdi pelas ruas e às 10 da noite ainda não tinha encontrado o apartamento onde a Alessandra e a Vívian estariam me esperando.

Eu estava coma minha mochila cheia de livros, e carregando no braço a mala de 12 kilos que tinha quebrado as rodinhas. Vencido e absolutamente exausto, peguei um taxi que cobrou 7 euros pra me deixar num lugar que eu não havia encontrado por pura bobeira. Chegando, fui com as meninas comprar um pizza, e só então pude enfim dormir.

Bem, dormir naquelas né, já que tive maus sonhos durante a noite toda. Desde alguns em que eu estava atrasado para o trabalho e não conseguia chegar, até outros em que a Mazu brigava comigo por alguma coisa idiota que eu fazia.